JORNAL DA CBIO

Ciências Biológicas- Faculdade Católica Salesiana do Espirito Santo

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Descoberta primeira orquídea que só floresce à noite

Flores que só florescem à noite são relativamente incomuns, mas era surpreendente não haver nenhuma orquídea do tipo encontrada até agora, já que existem 25 mil espécies conhecidas.

Mas a descoberta notável enfim chegou. Botânicos descobriram a primeira orquídea noturna, chamada de Bulbophyllum Nocturnum, que fica constantemente aberta na parte da noite e fecha pela manhã, 12 horas depois.
A nova espécie, que tem flores que duram apenas uma noite, foi descoberta na ilha da Nova Bretanha, localizada na costa nordeste de Papua Nova Guiné.
A orquídea pertence a um grupo de plantas que são conhecidas por suas flores bizarras. Elas se assemelham a insetos com várias patas e têm finos filamentos que se movem com a brisa, possivelmente para atrair polinizadores.
Especialistas acreditam que a Bulbophyllum é polinizada por insetos noturnos, provavelmente moscas pequenas.

domingo, 9 de outubro de 2011

Descoberta nova espécie de planta que enterra as suas sementes

Foi descoberta, na Floresta Atlântica no estado da Bahia, uma nova planta que se inclina para enterrar as suas sementes. A descrição desta espécie, denominada Spigelia genuflexa, foi publicada na revista PhytoKeys.


Esta nova espécie de planta (Spigelia genuflexa) pertence à família das Loganiáceas (Loganiaceae) e foi descoberta no estado da Bahia por Alex Popovkin, um botânico amador.  A especialista Lena Struwe, da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, ajudou Popovkin a identificar e estudar esta planta.
Depois da formação dos frutos, esta planta inclina-se para enterrar os ramos que depositam as  cápsulas de sementes no solo.
Segundo Struwe, há várias razões que podem explicar a evolução da planta para enterrar as suas próprias sementes. “Como apresenta uma vida curta (apenas de alguns meses) e vive em pequenos fragmentos de ambientes adequados a planta-mãe tem maior taxa de sucesso se depositar as sementes junto a si [do que] espalhá-las para ambientes que sejam menos adequados.”
“Uma vez que a planta apenas sobrevive durante uma estação, a planta não irá competir com a descendência o que poderia ser um problema para plantas com vidas mais longas.”
Struwe acrescentou que espécies de plantas que vivem em penhascos também desenvolveram esta capacidade.
Alex Popovkin, de nacionalidade russa, desde o tempo que trabalhou como voluntário nos jardins botânicos da Universidade de São Petersburgo que tinha o sonho de viver nos trópicos e estudar as suas plantas de perto.
Concretizou esse sonho 30 anos depois. Atualmente vive na Bahia e esta planta foi descoberta na sua propriedade. Nos últimos 5 anos já colecionou mais de 800 espécies diferentes “incluindo algumas raras que não eram vistas há mais de 60 anos.”
“Esta história mostra que os cientistas precisam de amadores e naturalistas para ajudar a descobrir a maravilhosa biodiversidade que se desenvolveu na Terra”, refere Struwe. “Todos os dias são descobertas novas espécies, mas muitas mais ainda não são conhecidas.”
Esta descoberta também realça a necessidade urgente de proteger a floresta Atlântica que está sob a ameaça da desflorestação.

Descobertas duas novas espécies de sapo na Austrália




Duas novas espécies de sapos que vivem na floresta do Cabo York, no norte da Austrália, foram descritas em edição recente da revista “Zootaxa”. Elas foram batizadas de Cophixalus kulakula e Cophilaxus pakayakulangun, e são parentes próximas entre si, embora vivam em lugares distintos.
Por outro lado, as espécies não se assemelham a outras espécies da região, o que leva a crer que tenha evoluído isoladamente – tão isoladas que sequer a população de aborígenes da área as conhecia.
Suas patas grandes e longas demonstram que os sapos estão adaptados a viver em rochas. Para a família a que pertencem, são relativamente grandes – medem cerca de 4 centímetros de comprimento. Seu principal alimento são as formigas.
   Cophixalus pakayakulangun

    Cophixalus kulakula

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Estudo mostra que avanço e recuo do mar mudam litoral brasileiro e ameaçam cidades

O avanço do mar é um fenômeno registrado no litoral dos 17 Estados brasileiros banhados pelo oceano Atlântico. Levantamentos recentes apontam que, além de avançar em uma velocidade acima do normal em alguns locais, o mar também está recuando em parte significativa do litoral, o que vem mudando o mapa litorâneo. Especialistas preveem alterações ainda maiores nos próximos anos.

O estudo “Erosão e progradação do litoral Brasileiro”, do Ministério do Meio Ambiente, é apontado como um atlas do litoral e mostra que o Estados enfrentam situações bem distintas, causadas não só pela ação natural do tempo, mas principalmente pelas interferências do homem com a mudança do curso dos rios e das construções à beira-mar. Em nenhum momento, o aquecimento global é citado como causa do avanço do mar, como chegou a ser apontado por ambientalistas.
Florianópolis-SC
Maceió-Al
Todos os Estados foram analisados por pesquisadores e apontam para situações diferentes. A Paraíba é apontada pelo estudo como em situação “alarmante”. Segundo os dados, 42% do litoral registra erosão (avanço do mar) - o dobro das praias classificadas como “em equilíbrio”. Já 33% do litoral tem progradação (recuo) do oceano. Metade da costa, onde mora um milhão de pessoas, está ameaçada pelo avanço do mar. A Ponta do Seixas (ponto mais ao leste do país) corre o risco de ser engolida pela água nas próximas décadas e desaparecer do mapa, dizem especialistas.

A situação também é preocupante no Pará, onde a mudança na costa “é um dos fenômenos mais impressionantes entre os processos costeiros, que acabou transformando-se em um problema emergencial.” Dados analisados mostram que mais de 70% do litoral apresentou tendência de erosão nas últimas décadas - o maior índice entre os Estados -, enquanto menos de 10% apresenta recuo do mar.

 Em Alagoas, a erosão causa “graves problemas ambientais”, e o Estado é classificado como de “alta vulnerabilidade”, por conta de sua geografia propícia ao avanço do mar, somada a interferências humanas. “A erosão marinha é mais evidenciada nos setores norte e central, sendo estes os mais ocupados e urbanizados do litoral alagoano”, aponta o texto. Em agosto, vários pontos da orla de Maceió foram danificados por uma das maiores ressacas do mar, que destruiu barracas em praias turísticas, como da Sereia, no litoral norte.

Em Santa Catarina, o estudo também aponta que “pode-se constatar evidências erosivas na maioria das praias estudadas.” Fatores ambientais - como ondas, correntes e ventos - e o crescimento das construções em áreas impróprias seriam os principais responsáveis pelo avanço do mar que diminuem a faixa de areia. As praias de Armação, Barra da Lagoa, Canasvieiras e Ingleses são consideradas as mais afetadas.






Píuma-es 
Se historicamente o avanço do mar era considerado normal e inofensivo aos seres humanos, as construções litorâneas fizeram o assunto passar a ser visto como “fator de risco, implicando em questões econômicas e sociais.” A situação é apontada como mais preocupante nas regiões Norte e Nordeste.

A pesquisa aponta que “a falta de informações dificulta a tomada de decisões devido à falta de elementos para distinguir se o que ocorre é uma tendência natural, ou um ciclo no qual uma situação de desequilíbrio volta espontaneamente à normalidade.” A falta de informações leva as autoridades e especialistas a defenderem mais estudos específicos antes da implementação de obras de contenção do avanço do mar.

Situações graves

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Aula de Ecologia de ecossistemas na Ilha do Boi

Aconteceu no domingo, dia 28/08, aula de campo de Ecologia de ecossistemas , orientada pela professora Selma Hebling e pelo coordenador do curso Marcelo Paes Gomes. A aula tinha como objetivo observar a biodiversidade encontrada nos costões rochosos e correlacioná-la com os fatores ambientais presentes. As atividades tiveram início 8 horas da manhã, e contou com a participação do 4° período de licenciatura em Ciências biológicas. Confiram algumas imagens:












segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Informativo de reunião de representantes de turma e coordenção do curso de Ciências Biológicas


Em reunião que aconteceu na última quinta feira (18/06/11) entre representantes de turmas e o novo coordenador de curso, Msc. Marcelo Paes Gomes , um dos assuntos discutidos foi o melhor aproveitamento e realização das aulas de campo realizadas pela instituição. Segundo os representantes de turmas, são realizadas poucas aulas de campo durante a formação. Uma sugestão do coordenador foi o acréscimo na mensalidade de um valor, onde os alunos teriam acesso a uma planilha de gastos, para que saibam que esse reajuste está sendo revertido somente para aquele fim. Essas aulas surgiriam para sanar a necessidade de aulas de campo mais elaboradas e em locais específicos de acordo para cada período. Outro ponto levantado foi a realização de aulas de campo envolvendo muitas matérias, onde os alunos não estão tendo um bom aproveitamento, pois a necessidade de fazer esse tipo  de aula e apresentação de trabalhos interdisciplinares, faz com que os alunos priorizem determinadas matérias ou dividam o grupo com o intuito de cada aluno siga um professor para que no final esse conhecimento adquirido seja montado em forma de trabalhos ou relatórios. Também foi levantado que as aulas envolvendo muitos alunos não estariam sendo bem aproveitadas, havendo a necessidade de que nas próximas aulas sejam realizadas somente com 1 turma por vez, diferente do sistema atual, onde as aulas acontecem com turmas do noturno e matutino.

sábado, 6 de agosto de 2011

Reciclando com amor

Vídeo da ONG Friends of the Earth para incentivar a reciclagem.

Vale a pena.



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O que é Rio+20?

Você já deve ter lido na internet ou visto na TV que, em 2012, o Brasil será sede de uma importante conferência da ONU - Organização das Nações Unidas*: aConferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável, apelidada de Rio+20*. Mas você faz ideia do que acontecerá durante esse evento? Do que ele representa para o nosso futuro? 

Entre os dias 4 e 6 de junho, líderes dos 191 países que fazem parte da ONU, além de representantes de vários setores da Organização, se reunirão para discutir como podemos transformar o planeta em um lugar melhor para viver, inclusive para as futuras gerações. Uma grande responsabilidade, não é mesmo? 
A ideia da realização dessa Conferência no Brasil foi do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 2007, fez a proposta para a ONU. E você sabe por que o evento recebeu o nome de Rio+20? Porque a reunião acontecerá no Rio de Janeiro, exatamente 20 anos depois de outra conferência internacional que tinha objetivos muito semelhantes: a Eco92, também promovida pela ONU, na capital fluminense, para debater meios possíveis de desenvolvimento sem desrespeitar o meio ambiente. 

O evento rendeu a criação de vários documentos importantes - como a Agenda 21, a Carta da Terra e as Convenções do Clima e da Diversidade Biológica -, além de ter consagrado uma menina de - acredite! -, apenas, 12 anos. 

Trata-se da pequena canadense Severn Suzuki, fundadora do movimento Eco - Organização Ambiental das Crianças, que ficou marcada na história da Eco92 ao juntar dinheiro, junto com três amigos - Michelle Quigg, Vanessa Suttie eMorgan Geisler* - para viajar para o Brasil e falar para os mais importantes líderes do planeta, na época. Em um discurso pra lá de emocionante, a menina pediu aos adultos mais respeito pelo mundo que eles deixariam para ela e suas futuras gerações. (Assista ao vídeo da apresentação de Suzuki na Eco92, no final deste texto). 

Vinte anos depois, a Rio+20 reunirá os líderes de todo o mundo para fazer um balanço do que foi feito nas últimas duas décadas e discutir novas maneiras de recuperar os estragos que já fizemos no planeta, sem deixar de progredir. Mas pensar em alternativas para diminuir o impacto da humanidade na Terra não é responsabilidade, apenas, dos governantes: é nossa também. Afinal, todas as atitudes que tomamos no dia a dia - do tempo que demoramos para escovar os dentes ao meio de transporte que escolhemos para ir à escola - afetam, de alguma maneira, o planeta e, por consequência, nossa vida

Por isso, no mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, a Cúpula dos Povos: um evento que contará com debates, palestras e uma porção de outras atividades, sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, mas que serão promovidos por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas. 

A ideia é que todos os setores da sociedade discutam, ao mesmo tempo, maneiras de transformar o planeta em um lugar melhor para vivermos. Afinal, a união faz a força, certo? E até mesmo quem estiver de fora dessas duas reuniões pode ajudar, pensando em maneiras de diminuir seu impacto na Terra. Que tal tomar banhos mais curtos? Ou desligar a TV, enquanto usa o computador e vice-versa? Pense em atitudes que você pode adotar para melhorar o planeta em que vivemos e compartilhe com seus amigos, pais e professores - e, também, aqui, com a gente! Você pode incentivar muitas outras pessoas a fazer o mesmo... 


Débora Spitzcovsky - Edição: Mônica Nunes Planeta Sustentável

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Rio+20 poderá gerar órgão mundial destinado à preservação do meio ambiente


Autoridades de países que são alvos de críticas internacionais por causa da forma como tratam a preservação ambiental e o estímulo à economia verde deverão participar da Conferência Rio+20, de 28 de maio a 6 de junho de 2012, na área do Porto do Rio de Janeiro. A expectativa, segundo os organizadores, é que China, Índia e Estados Unidos enviem emissários do primeiro escalão do governo para os debates. As discussões da cúpula poderão gerar a proposta de criação de um órgão específico internacional para a área ambiental. 

O órgão, em estudo, ficará subordinado à Organização das Nações Unidas (ONU), como ocorre com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). 

A ideia é que a sede do novo órgão, responsável pela área ambiental, seja na África. Atualmente só há uma agência da ONU para cuidar do tema, que é o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), cuja sede fica no Quênia. Criado em 1972, o programa tem o objetivo de fortalecer as ações mundiais de desenvolvimento sustentável. 

As autoridades brasileiras e estrangeiras, porém, concluíram que é necessário ampliar os esforços em nível mundial, pois hoje não há uma definição universal sobre economia verde nem foram estabelecidos os instrumentos, aceitos de forma global, para o desenvolvimento sustentável.
 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Fungo bioluminescente é encontrado no Brasil após 170 anos

Pesquisadores encontraram no Piauí um cogumelo que emite luz e que tinha sido avistado pela última vez há quase 170 anos. A pesquisa do grupo de cientistas da USP e das universidades americanas de São Francisco e de Hilo, no Havaí, será publicada na revista científica Mycologia.
O Neonothopanus gardneri é o maior fungo bioluminescente do Brasil e um dos maiores do mundo.
'Já tinha encontrado alguns cogumelos que emitem luz no Brasil, mas menores, alguns do tamanho de um fio de cabelo', disse à BBC Brasil o professor Cassius Vinicius Stevani, do Instituto de Química da USP. 'Este foi o maior, um grupo deles emite quantidade considerável de luz', afirmou.
Neonothopanus gardneri é o maior fungo bioluminescente do Brasil  (Foto: Cassius V.Stevani_IQ_USP )
Neonothopanus gardneri é o maior fungo bioluminescente do Brasil
 (Foto: Cassius V.Stevani)
 
Em 1840, o cogumelo foi descoberto pelo botânico britânico George Gardner quando viu garotos brincando com o que pensou serem vagalumes nas ruas de uma vila onde hoje fica a cidade de Natividade, em Tocantins.
Chamado pelos locais de 'flor de coco', o fungo bioluminescente foi classificado como Agaricus gardeni e não foi mais visto desde então.
'Fiquei sabendo que existiam ainda fungos assim por volta de 2001. Nos anos seguintes, me chegavam relatos de Tocantins e Goiás de um cogumelo grande, amarelo, que emitia uma luz', diz Stevani. 'Mas fotografia mesmo vi só em 2005, uma tirada no Piauí', afirma ele, que já participou de expedições noturnas para a coleta do cogumelo. 'As buscas acontecem em noites escuras, de lua nova, com as lanternas desligadas', explica.
A ciência ainda não desvendou o processo químico que permite que o fungo produza luz (Foto: Cassius V.Stevani_IQ_USP )
A ciência ainda não desvendou o processo químico que permite que o fungo produza luz (Foto:CassiusV.Stevani_IQ_USP )
 
Curiosamente, o cogumelo ainda é conhecido popularmente em várias partes do país como 'flor de coco'. Existem 71 espécies de fungos que emitem luz, 12 delas estão presentes no Brasil . A ciência ainda não desvendou o processo químico que permite que o fungo produza luz, nem a razão disso.
Uma das teses consideradas é a de que a luz é emitida para atrair insetos noturnos, ajudando os fungos a dispersar seus esporos para a reprodução. Outra diz que a luz atrai insetos predadores que atacam insetos menores que se alimentam do fungo.
fonte: BBC BRASIL

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Prefeitura de Ilhéus cria parque municipal marinho


Pescadores penduram o enorme mero as árvores da cidade. 
Espécie era caçada por mergulhadores com arpão. Hoje 
está na lista vermelha, ameaçada de extinção. Foto: Desmontinho
A prefeitura de Ilhéus, na Bahia, acaba que criar um parque municipal marinho com aproximadamente 5 hectares. A regulamentação do parque foi feita na semana do meio ambiente,  mas a motivação passa ao largo da efemêride. A unidade de conservação criada a pedido da população com o objetivo de proteger os meros (Epinephelus itajara) tem relação com a identidade que a pessoas simples estabeleceram com o grande peixe, analisa o secretário de meio ambiente, Harildon Machado Ferreira.

O interesse da população pela preservação do mero (um peixe que está longe de pertencer a categoria dos simpáticos, como os golfinhos e as tartarugas) tem relação com o boom da pesca submarina, nas décadas de 70 e 80. Ilhéus se tornou conhecida e atraiu caçadores por causa da facilidade em se capturar o mero. “O peixe era morto por arpão, exemplares muito grandes, com mais de dois metros, e eram pendurados nas árvores da cidade”, lembra Harildon.


O tamanho da população de meros diminuiu ao longo dos anos. Foto: TITAKO
Um desses mergulhadores é o hoje vereador Marcus Flávio. O pensamento por ele externado é semelhante ao de pescadores e moradores da cidade cenário de Gabriela, cravo e canela, Jorge Amado. Depois de tantas caças, os meros começaram a ficar menores, depois difíceis de achar, até se tornarem raros. Hoje são encontrados em listas das espécies ameaçadas. O Epinephelus itajara está tanto na lista vermelha da IUCN como na relação do Ministério do Meio Ambiente. A caça, armazenamento e transporte do mero são considerados crime ambiental.

A facilidade com a qual os mergulhadores com arpão matavam o mero tem relação aos hábitos desse animal que é tranquilo, isolado e territorialista. No verão (de dezembro a abril, em Ilhéus), o mero faz o que os biólogos chamam de agregações reprodutivas. E existe uma certa preferência pela área entre a Pedra de Ilhéus, Ilhéuzinho, Itaipinho, Itapitanga e Sororoca – agora parque municipal marinho. A região é próxima do estuário de três rios e tem formação de mangue, o berçário natural.


Vista aérea da área onde ficará o Parque Municipal Marinho de Ihéus. Foto: Divulgação/Secretaria de Meio Ambiente
O mero é da família da garoupa, cherne e badejo. Pode chegar 2,7 metros de comprimento e pesar mais de 400kg. Habita regiões recifais, lajes, estuários e manguezais, além de ser encontrado em naufrágios e outras estruturas submersas. Os filhotes possuem um crescimento lento e só atingem a maturidade sexual com seis anos ou 60kg.

A identidade da população com o peixe e a pressão popular levaram a prefeitura a estabelecer um rito de criação de unidade de conservação diferente. “Normalmente é feito um levantamento da área, depois estudos sobre as espécies do local”, conta o secretário Harildon. “Agora nesse caso, a decisão foi política, em resposta ao povo”, resume.


Unidade de conservação foi apoiada por população em audiência pública. Foto: Secretaria de Meio Ambiente de Ilhéus
Parque Municipal Marinho dos Ilhéus teve participação da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), da colônia de pesca Z-19, do Instituto Floresta Viva, apoio técnica do projeto Meros do Brasil e financeiro do SOS Mata Atlântica e Fundação O Boticário.

Nem tudo é festa na cidade litorânea conhecida por sua época áurea no ciclo do cacau baiano. Um grande projeto que une o governo federal, estadual e municipal prevê a criação do Complexo Intermodal Porto Sul – uma grande obra de infraestrutura e logística com planos de construir um novo porto, um aeroporto, a Ferrovia Oeste Leste e as rodovias da região. No entanto, depois de EIA/Rima aprovado, notaram que o projeto passava próximo do parque marinho, conta o secretário Harildon Machado Ferreira. A descoberta dos impactos ambientais levou a transferência do projeto da Ponta da Tulha para a região de Aritaguá, mais longe dos recifes dos meros.

fonte:http://www.oeco.com.br/noticias/25121-prefeitura-de-ilheus-cria-parque-municipal-marinho

terça-feira, 5 de julho de 2011

Curso de Manejo de Flora e Fauna

 
 O curso contará com parte teórica que acontecerá no Pólo de Educação de Vargem Alta e parte prática na Floresta Nacional de Pacotuba (FLONA).
A alimentação e o alojamento da parte prática será no Quilombola Lírio dos Vales anexo a FLONA.
DATAS: 23, 24 e 30,31 de Julho de 2011

Carga Horária: 40horasSendo:
- 26hs presenciais/incluso campo (diurno e noturno)
- 16hs confecção de relatório final.
Valor: R$: 300,00 à vista ou Entrada de R$150,00 (via
depósito bancário) + cheque de 150,00 para 30 dias, que
deverá ser entregue no inicio das aulas.
 
Equipe Técnica/Professores:
Helimar Rabello – Biólogo Especialista em Gestão
Ambiental – Crbio: 38.294/02
Núbia Badke Thomazini – Mestre em Zoologia

Maiores informações:
http://habitatil-consultoria.blogspot.com/
Inscrição: Depósito bancário: Banco do Brasil Agência: 3695-1 Conta Corrente:
11034-5 –
Confirmar via e-mail habitatil@hotmail.com / habitatil.consultoria@gmail.com
Tel: (28) 3528-1372 / (28) 9885-0725


Certificado: O Certificado do Curso será concedido pela Habitatil Consultoria LTDA a todos que cumprirem satisfatoriamente as atividades propostas no curso. O certificado será emitido apenas após o pagamento total.